O que é o Plano Diretor?
Decifrando o Plano Diretor com a TV Ok Imóvel: Como Ele Influencia a Vida nas Cidades.
O Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo surge como uma legislação municipal de importância crucial, delineando as diretrizes para o crescimento e o desenvolvimento urbano em toda a cidade. Sua criação, permeada pela participação ativa da sociedade, não se limita a uma imposição legal; representa um pacto social, um contrato coletivo que visa redefinir e otimizar os espaços urbanos, com o objetivo intrínseco de aprimorar a qualidade de vida da população paulistana.
O Fundamento Participativo
O processo de elaboração do Plano Diretor é caracterizado por uma sinergia entre os diversos setores da sociedade. Essa abordagem colaborativa garante que as vozes da comunidade em São Paulo sejam ouvidas e consideradas na definição dos instrumentos de planejamento urbano. Dessa forma, o plano não apenas reflete as necessidades coletivas, mas também estabelece um compromisso genuíno com o bem-estar da população paulistana.
Harmonizando Interesses Públicos e Privados em São Paulo
Uma das metas centrais do PDE de São Paulo é conciliar as ações do poder público e da iniciativa privada na maior metrópole do Brasil. Essa busca pela harmonização visa criar um ambiente em que o planejamento municipal não apenas satisfaça os interesses individuais, mas, sobretudo, atenda às necessidades coletivas de toda a população paulista. O alinhamento estratégico entre os setores público e privado é fundamental para a eficácia do plano.
Diretrizes Temporais e Metas Claras para São Paulo
Desde sua entrada em vigor em 31 de julho de 2014, o Plano Diretor de São Paulo estabelece como principal diretriz a proximidade entre locais de emprego e moradia. Com um horizonte estendido até 2029, o PDE não é apenas uma visão a longo prazo, mas um roteiro claro para o desenvolvimento urbano na capital paulista. É um compromisso temporal concreto que visa transformar a realidade em um futuro próximo.
Atualizações e Revisões Intermediárias em São Paulo
A dinâmica urbana em São Paulo está em constante evolução, e o Plano Diretor demonstra sua adaptabilidade através de revisões intermediárias. Em 2023, ajustes significativos foram implementados como resultado de uma revisão intermediária, garantindo que o plano esteja sintonizado com as mudanças nas dinâmicas sociais e econômicas específicas da metrópole paulistana.
Aprofundando a Compreensão: Assista ao Vídeo Explicativo
Para uma compreensão mais abrangente em São Paulo, disponibilizamos um vídeo explicativo que detalha os aspectos fundamentais do Plano Diretor Estratégico. Assista para mergulhar mais profundamente nesse tema crucial que molda o desenvolvimento urbano da maior cidade brasileira.
Documentação Integral: Leis Relevantes para São Paulo
Para uma análise mais detalhada das disposições e diretrizes em São Paulo, é possível acessar o texto integral da Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014, que instituiu o Plano Diretor. Além disso, a Lei nº 17.975, de 08 de julho de 2023, apresenta as modificações mais recentes, refletindo o compromisso contínuo com a eficácia e pertinência do planejamento urbano municipal.
Leia a Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014
Acesse a Lei nº 17.975, de 08 de julho de 2023
Em síntese, o Plano Diretor Estratégico de São Paulo transcende a esfera legal; é um instrumento dinâmico que, quando compreendido em sua totalidade, revela-se como um guia para a construção de comunidades mais sustentáveis e adaptadas às necessidades em constante evolução dos habitantes da capital paulista.
Créditos: Silvano Saldanha – JN Libertti
Fonte: Prefeitura de São Paulo
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Preços da construção desaceleram e variam 0,08% em novembro
No último levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Caixa Econômica Federal, foi observada uma desaceleração nos preços da construção civil em novembro, indicando uma variação de 0,08%. Esta cifra representa uma leve queda de 0,06% ponto percentual em relação ao mês anterior, quando registrou 0,14%.
Ao longo dos últimos 12 meses, a alta acumulada atingiu 2,36%, apresentando uma ligeira redução em comparação aos 2,44% registrados no período imediatamente anterior. O acumulado do ano, até novembro, ficou em 2,28%. Vale destacar que esses índices são os menores para o mês de novembro desde 2014, sinalizando uma menor elevação de custos no setor da construção ao longo de 2023.
Augusto Oliveira, gerente do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), ressalta que este cenário reflete uma tendência positiva para o setor, indicando uma menor pressão nos custos tanto da mão de obra quanto dos materiais em comparação aos desafios enfrentados durante a pandemia em 2020 e 2021.
O custo nacional da construção por metro quadrado, que encerrou outubro em R$ 1.716,30, teve uma ligeira elevação em novembro, alcançando R$ 1.717,71. Desse total, R$ 999,15 correspondem aos materiais e R$ 718,56 à mão de obra.
A variação na parcela dos materiais foi de -0,08%, representando um pequeno aumento em relação à estabilidade observada no mês anterior (0,02%) e a novembro de 2022 (0,01%). Oliveira destaca que os materiais apresentaram flutuações ao longo de 2023, com deflação em cinco meses, incluindo maio, junho, agosto e setembro.
Quanto à mão de obra, novembro não registrou impacto de dissídios coletivos. Rondônia se destacou com a maior variação na parcela de mão de obra, atingindo 1,43%, a mais alta entre os estados, embora Oliveira ressalte que essa variação não se originou de ganhos salariais resultantes de dissídios coletivos.
No que diz respeito às variações regionais, o Maranhão liderou em novembro, com uma alta de 0,73%, impulsionada pelo aumento na parcela dos materiais. A Região Norte manteve a liderança, pelo terceiro mês consecutivo, com uma variação de 0,18% na parcela dos materiais em cinco dos seus sete estados. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,14% (Nordeste), 0,06% (Sudeste), 0,13% (Sul) e -0,17% (Centro-Oeste).
O Sinapi, fundamental na programação de investimentos, fornece séries mensais de custos e índices para o setor habitacional, sendo uma ferramenta essencial na elaboração, análise e avaliação de orçamentos no âmbito público. Os dados completos do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil podem ser consultados no Sidra. A próxima divulgação, referente ao mês de dezembro, está prevista para o dia 11 de janeiro de 2024.
FONTE: IBGE
Silvano Saldanha – JN LIBERTTI
6.973 Unidades Vendidas em Outubro: Secovi-SP Revela Crescimento Sólido no Mercado Imobiliário em Outubro de 2023.
A última pesquisa do Secovi-SP sobre o Mercado Imobiliário (PMI), conduzida pelo departamento de Economia e Estatística em parceria com as incorporadoras associadas, trouxe dados animadores para o setor. No mês de outubro de 2023, foram comercializadas 6.973 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. Esse número contribui para um impressionante total de 75.815 unidades vendidas no período de 12 meses, compreendendo o período de novembro de 2022 a outubro de 2023.
Vendas Impulsionam o Mercado
O Valor Global de Vendas (VGV), indicador crucial para avaliar o desempenho financeiro do setor, alcançou a marca de R$ 4,38 bilhões somente no mês de outubro. Esse valor expressivo contribuiu para um VGV acumulado de R$ 41,9 bilhões nos últimos 12 meses. Importante ressaltar que esses números foram deflacionados pelo Índice Nacional de Custo de Construção (INCC-DI) da FGV, referente ao mês de outubro de 2023, proporcionando uma análise mais precisa e ajustada à realidade do mercado.
Indicador VSO Revela Sólido Desempenho
O indicador VSO (Vendas Sobre Oferta), que mede a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, atingiu um notável patamar de 10,2% no décimo mês do ano. Esse desempenho consistente reflete a demanda robusta por propriedades no mercado imobiliário paulistano. No acumulado de 12 meses, o VSO atingiu a impressionante marca de 54,9%, destacando a eficácia das estratégias adotadas pelas incorporadoras e o sólido interesse dos compradores.
Visualização Gráfica do Desempenho
Abaixo, apresentamos um gráfico visual que destaca a evolução das vendas mensais, acumuladas em 12 meses e o comportamento do indicador VSO, proporcionando uma visão mais clara e intuitiva do desempenho do mercado imobiliário de São Paulo.
COMERCIALIZAÇÃO ACUMULADA EM 12 MESES EM UNIDADES
Evolução de unidades residenciais vendidas (acumulada 12 meses) Mil unidades
Conclusão: Tendências Promissoras para o Setor
Os dados revelados pela Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário indicam uma fase positiva e promissora para o setor. O expressivo número de unidades vendidas, associado ao VGV significativo e ao sólido desempenho do indicador VSO, sugere uma demanda robusta e uma confiança crescente dos consumidores no mercado imobiliário de São Paulo. Este cenário promissor abre oportunidades para investidores e destaca a resiliência do setor em face das dinâmicas econômicas. Acompanharemos de perto essas tendências emocionantes nos próximos meses.
FONTE: SECOVI
Silvano Saldanha – JN LiBERTT
A ameaça da Airbnb aos aluguéis convencionais
A história diz que em 2007, em San Francisco, Califórnia, um congresso internacional lotou os hotéis. Os estudantes Brian Chesky, Nathan Blecharczyk e Joe Gebbia, que viviam uma crise financeira, viram no problema uma oportunidade. Pessoas em busca de quartos não encontravam abrigo. Então, decidiram oferecer colchões infláveis em sua sala de visitas, a título de aluguel, sob a denominação AirBedandBreakfast (cama de ar e café da manhã). A ideia foi bem-sucedida e gestou a startup, que se tornou um dos maiores unicórnios da história, a Airbnb.
Unicórnio é o nome que se dá a startups (empresas jovens, baseadas na tecnologia e com atividade escalável) que atingem valor de mercado acima de um bilhão de dólares. A empresa em questão foi avaliada, em 2018, em 38 bilhões de dólares. Entre seus investidores estão grandes bancos, empresas financeiras, venturecapital e privateequity. A Airbnb não possui em seu portfólio um único imóvel de aluguel. No entanto é hoje a maior locadora de imóveis residenciais do mundo, limitada, porém, a aluguéis de curta duração, conhecidos como shortstays.
Com seu crescimento explosivo, a empresa passou a ser vista como ameaça ao setor hoteleiro. Ela proporciona hospedagem direta entre proprietários e hóspedes, a preços competitivos com os do padrão hoteleiro. Da mesma forma, sentiram-se ameaçadas as imobiliárias que, com base na Lei 8.245/1991, oferecem locação por temporada. Imóvel que antes tinha de ser prospectado de imobiliária em imobiliária, mesmo que pela internet, hoje, pode ser encontrado com um só clique em uma única plataforma de software, sem qualquer burocracia.
Todavia, ao contrário do que se pode imaginar, a Airbnbnão nasceupara concorrer com hotéis ou com imobiliárias. Seu nascimento resultou da percepção visionária de quem vê solução onde a maioria vê apenas problemas. Pesquisa realizada pela MorganGlobalInsights mostrou que a maioria dos clientes Airbnb busca hospedagem mais barata que a dos hotéis, quer individualidade e cozinha própria, além de opções de localização. É indiscutível, no entanto que, antes, esse público se dirigia às imobiliárias, que o vem perdendo progressivamente.
Inúmeros proprietários perceberam que alugar quartos ou imóveis inteiros pela nova empresa podia ser mais rentável e menos burocrático que a locação convencional. A novidade gerou um fenômeno nas cidades turísticas mundo afora. A disponibilidade de imóveis para locação normal diminuiu. A lei da oferta e demanda operou; os preços explodiram. Os locatários tradicionais foram compungidos a mudar para a periferia. Mas a reação dos condomínios contra a falta de segurança e privacidade propiciou leis que dificultam ou proíbem aluguel de curto prazo.
Rodrigo Verneck, da Cupola, em informativo de marketing, afirma que a Airbnb, com mais de 430 mil imóveis só no Brasil, passa por dificuldades e procura por alternativas. Brian Chesby, CEO da Airbnb, revelou que a empresa está à beira da insolvência. Por isso planeja começar a operar com locações convencionais de longo prazo, já em 2024. Porém a organização não tem experiência em locação, muito menos na solução de seus inumeráveis conflitos. O que ela sabe fazer é aproximar partes. Combater a ameaça é o novo desafio das empresas tradicionais!
FONTE: COFECI
CRÉDITOS: João Teodoro